quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Meios de comunicação em massa

A maior parte do tempo em que você passa acordado, é vivida em contato voluntário ou involuntário com meios de comunicação de massa: livros, jornais e revistas, rádio, cinema e televisão. Esses veículos de divulgação "em massa" (isto é, em grande quantidade) se tornaram intermediários entre você e o mundo, colocando ao seu alcance acontecimentos, experiêncis e idéias aos quais você não poderia ter acesso diretamente. Essa mediação é possivel graças a capacidade dos meios de comunicação em massa (MCM) para produzir, reproduzir e distribuir rapidamente textos, sons e imagens a um número praticamente ilimitado de pessoas - uma "massa" de gente. Cabe ressaltar, contudo, que no tocante à indústria cultural, trata-se antes de um processo de reprodução do que de produção de IDEOLOGIA. Para Karl Marx, a função da ideologia é a de OCULTAR A REALIDADE, ou seja, condições reais de existência humanas, mostrando, ilusioriamente, as idéias como motor da vida real. É preciso que nos lembremos de que CADA IMAGEM QUE APARECE NO VÍDEO É FRUTO DE UMA ESCOLHA em termos de enquadramento (quais os elementos que vão ser mostrados e quais elementos vão ser deixados de lado; quais os que aparecerão em primeiro plano, portanto, maiores e mais visíveis, quais em último plano, e assim por diante); de sequência (qual a cena que vem em primeiro, segundo, terceiro... até o último lugar); de texto ou música que acompanhará a imagem. Quem escolhe o que vai ao ar é o diretor do programa, assim, é ele que elabora a interpretação dos fatos. Como resultado, o que aparece em nosso aparelho de TV já NÃO É A REALIDADE, mas um relato, uma representação dessa realidade, segundo o ponto de vista do diretor do programa. A fragmentação é utilizada como um recurso ideológico. É a própria visão de mundo que aparece de modo fragmentário, impedindo que os telespectadores, que somos todos nós, tenhamos a visão do todo, que possamos atribuir um sentido global ao mundo e que encontremos o nosso lugar específico. E, finalmente, a linguagem televisiva caracteriza-se por assumir a forma de ESPETÁCULO. O que é espetáculo? É tudo o que chama a atenção, atrai e prende o olhar! Ao se autoproclamar formadora e porta-voz definitiva da "opinião pública", a mídia brasileira sufoca a pluralidade de visões e, na mão de poucos grupos familiares e políticos, suprime o pensamento crítico do debate nacional, avaliam Emir Sader e Marilena Chauí.

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